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Até há um ano, as mulheres em Portugal só tinham acesso à contracepção de emergência mais recente no mercado com uma receita médica. Actualmente, após uma decisão da Agência Europeia do Medicamento (EMA), a pílula de emergência conhecida como ellaOne (acetato de ulipristal 30mg), está disponível sem receita médica em 25 Estados-membros da UE. Neste momento, mais de dois milhões de mulheres portuguesas podem ir à farmácia e solicitar a pílula do dia seguinte ellaOne, que representa um avanço na contracepção de emergência.
O inquérito realizado com 4.600 mulheres de diversos países analisa o comportamento sexual das mulheres europeias e revela que as mulheres na faixa etária dos 26-35 anos têm mais encontros sexuais que as mais jovens.
Os resultados do inquérito demonstram que uma em cada cinco (19%) mulheres portuguesas entre os 16 e os 25 anos afirma não ter relações sexuais numa base semanal, enquanto que apenas 7% das portuguesas entre os 26 e 35 anos têm a mesma resposta.
As jovens búlgaras demonstraram ser um dos grupos mais ativos com uma média de quatro encontros por semana, apenas superadas pelas mulheres finlandesas entre os 26 e os 35 anos que em média têm relações sexuais cinco vezes por semana.
Como seria de esperar, o fim-de-semana é o período naturalmente mais popular para as práticas sexuais – 78% das mulheres portuguesas afirmam que o sábado é o dia mais frequente – mas na Finlândia a atividade sexual é muito mais dispersa ao longo da semana, com uma média de 42% das mulheres a terem relações sexuais entre segunda e quinta-feira.
O inquérito também revela a importância do sexo, com mais de metade (59%) das mulheres em Portugal a citarem a «espontaneidade» como um sinal de uma vida sexual satisfatória, em conjunto com uma relação amorosa estável (83%) e apresentarem-se de uma forma sensual para os seus parceiros (59%). Curiosamente as mulheres do sul da Europa (Portugal, Espanha, Itália e Grécia) estão mais interessadas em experimentar novas posições sexuais (43%) do que as mulheres do norte da Europa.
Uma em cada cinco mulheres em Espanha e na República Checa (19% e 22% respectivamente) atribuem importância ao uso de brinquedos sexuais para ter uma vida sexual satisfatória, enquanto que as mulheres portuguesas estão em linha com a média europeia 12%.
Mas, a espontaneidade pode, muitas vezes, estar associada ao risco de uma gravidez não desejada e esta poderá ser a razão por que em toda a Europa, cerca de 45% de todas as gravidezes não são planeadas.
«Compreendemos que as mulheres preferem que as relações sexuais sejam espontâneas e, dessa forma, nas situações em que a contracepção falha ou é inexistente, o que acontece em 30% das relações sexuais, o contracetivo de emergência é uma escolha inteligente e responsável para reduzir o risco», afirma J. Miguel Noriega, director geral da HRA Pharma Iberia.
«Dar às mulheres a liberdade de aceder à pílula do dia seguinte na farmácia permite-lhes escolher a opção contracetiva mais indicada para elas, qualquer que seja a circunstância», acrescentou J. Miguel Noriega.
«A contracepção de emergência não é um método regular de contracepção, mas uma opção efectiva para as mulheres que tiveram uma falha com o método contraceptivo e que não pretendem ter uma gravidez não planeada.»
As mulheres portuguesas ocupam os lugares cimeiros (86%) no que se refere a recorrer à farmácia em caso de necessitarem de contracepção de emergência, reconhecendo que podem aceder a este tratamento em qualquer altura do dia. Estes números contrastam directamente com outros países europeus como a Itália, Holanda ou a Alemanha, onde a consciência do acesso à farmácia é muito inferior, devido à recente decisão.
«O Dia Internacional da Mulher celebra a igualdade das mulheres e apoiamos plenamente todos os esforços e progressos realizados na promoção da saúde sexual e reprodutiva das mulheres no domínio social, económico, cultural e político», conclui J. Miguel Noriega.
«O acesso à contracepção de emergência contribui para o progresso de igualdade – proporcionando às mulheres um maior controlo sobre as suas opções contraceptivas.»
fonte:http://diariodigital.sapo.pt/n