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Há sexo por todo o lado – letras de músicas e vídeos que são cada vez mais explícitos, passando por anúncios exibidos em horário nobre ou imagens mostradas em outdoors. Vejam-se fenómenos como ‘As 50 Sombras de Grey’, que colocaram a população mundial a falar abertamente sobre relações sexuais e dominação. Mas, apesar de tudo, ainda existem problemas sexuais sobre os quais muitos se coíbem de falar.
Quais são os que mais preocupam os portugueses? O sexólogo e psiquiatra Júlio Machado Vaz responde.
O especialista começa por explicar que, apesar de este ser um tema que não deve ser descurado, os problemas que relata “não são representativos da situação da população em geral” - são apenas as queixas mais frequentes que chegam ao seu consultório.
Tem existido um aumento das queixas “relacionadas com a baixa ou a perda do desejo sexual”, conta, adiantando que a maioria das pessoas que se queixa faz parte da camada mais jovem da população portuguesa. “Existem várias causas por trás deste problema, mas a principal é o stress do quotidiano”.
“Cada caso é um caso, mas o stress do dia-a-dia costuma ser a principal causa para a diminuição do desejo sexual. Muito poucos são os que se podem dar ao luxo de o eliminar, mas temos também de admitir que nos entregamos muito facilmente às rotinas diárias”. Aliás, “uma das primeiras coisas a fazer para tentar resolver esta questão é reservar mais tempo durante o dia para a vida em casal”, adianta ao SOL.
Outro das queixas que também aumentou, afirma Júlio Machado Vaz, é a ejaculação prematura: no seu consultório tem havido um aumento de pedidos para o seu tratamento.
“Isto significa que, numa relação heterossexual, as mulheres de hoje são mais reivindicativas a nível erótico” considera, “e têm, com uma maior frequência, mais meio de comparação”. Segundo o especialista, se ainda houver uma boa relação entre o casal o problema pode ser resolvido através de sessões com um psicólogo.
fonte:http://sol.pt/