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Intimidades Reveladas



Domingo, 07.09.14

Hipersexualidade: vício por sexo pode destruir corpo, provocar ansiedade e trazer infelicidade

Hipersexualidade, vício, impulso ou compulsão sexual. Tanto faz o termo utilizado, já que o significado é o mesmo: obsessão incontrolável por sexo. O transtorno, que atinge cerca de 3% da população mundial e 80% deles são homens, traz prejuízos ao corpo e a vida social da pessoa. De acordo com especialistas ouvidos peloR7, o hipersexual abandona suas tarefas cotidianas, como o trabalho, e deixa de dormir e até de se alimentar corretamente, para praticar ou pensar em sexo.

A professora da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e coordenadora do Prosex (Programa de Estudos em Sexualidade) da USP, Carmita Abdo, explica que a hipersexualidade se demonstra quando a pessoa é “refém do sexo”, já que “não consegue mais ter o controle da situação”.

— A compulsão não é apenas pela relação sexual [penetração], mas sim por masturbações, acesso a sites pornográficos, entre outros. A pessoa passa o tempo todo pensando em sexo e buscando situações de cunho erótico. Por causa disso, muitas vezes, se expõe a situações de risco, como fazer sexo sem proteção, correndo risco de contrair DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), encarar uma gravidez indesejada. O hipersexual passa a ser fisicamente vulnerável, já que além de tudo isso, deixa de comer, não dorme o suficiente, se sente cansado e deixa as tarefas importantes de lado, como faltar no próprio trabalho.

 

Além das debilidades no corpo, o ginecologista, terapeuta sexual e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Amauri Mendes Jr, o vício proporciona uma “grande infelicidade e ansiedade, já que ele nunca se satisfaz”.

— A pessoa busca o sexo como forma de alívio e não prazer. Então, não importa o quanto ele transe ou o quanto se masturbe, ele sempre vai continuar ansioso e infeliz por não acalmar essa angústia que sente. É como se ele tivesse um calo em seu pé que o incomoda o dia inteiro. Muitos não conseguem parar em empregos, pois são pegos de olho em sites pornográficos. No âmbito familiar, também há preconceito e, muitas vezes, há falta de entendimento, já que os parceiros não entendem essa necessidade extrema em fazer sexo.

 

Para o psiquiatra Aderbal Vieira Jr., responsável pelo setor de tratamento de dependências de comportamentos do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes) da Unifesp, as consequências da hipersexualidade na vida estão mais ligadas a valores e significados “que estes comportamentos têm em nossa cultura do que propriamente algum tipo de prejuízo diretamente decorrente de praticá-los”.

— Qual a consequência direta de se masturbar excessivamente? A pessoa fica cansada? Das pesquisas que fizemos com dependentes, a maioria relata que a dependência prejudica principalmente seu trabalho, já que, por causa do comportamento sexual excessivo, ela passa o muito tempo bolando como conquistar alguém, para de fazer tudo para se masturbar, falta ao trabalho para buscar sexo, envolve-se sexualmente com colegas ou clientes. Também é bastante citada a insatisfação pessoal com o próprio comportamento. Bem depois, questões ligadas à família, dinheiro e religião.

 

Traumas podem levar à compulsão

Uma das causas mais aceitas para explicar a hipersexualidade é o desequilíbrio dos neurotransmissores, que pode ter fundo genético ou simplesmente ser decorrente de um trauma, que provoca reações descontroladas temporariamente, segundo explica Carmita. Na maioria dos casos, a disfuncionalidade aparece já na adolescência, mas a tendência é que se torne mais intensa a partir dos 20 aos 30 e poucos anos de idade.

— Além da predisposição genética [que ainda requer confirmação por mais estudos], a compulsão por sexo pode estar ligada a algum trauma, como agressão física, quadro de ansiedade exagerada, perda afetiva, problemas tóxicos cerebrais. A demência, por exemplo, pode levar o indivíduo à hipersexualidade. Dizemos então que é algo multifatorial.

 

 

Tratamento

Geralmente, o paciente busca ajuda médica com amparo do parceiro ou de familiares que percebem as mudanças em seu comportamento. Carmita ressalta que, como o assunto é “muito estigmatizado”, o indivíduo sente vergonha de relatar o que realmente sente, além do próprio “autopreconceito”.

— Muitos pacientes trazidos pelo parceiro não contam diretamente sobre o impulso sexual. Antes, relatam outros problemas, como dificuldades de ereção. Por isso, é importante que o especialista faça a análise do caso. O que se deve entender é que não depende da pessoa desejar ou não. É algo que ela precisa controlar e não consegue. É um impulso mesmo.

A coordenadora do Prox explica que o tratamento deve ser combinado com medicação e psiccoterapia.

— Os medicamentos utilizados são do tipo antidepressivo, que ajudam a inibir a libido, e também utilizamos estabilizadores de humor. A terapia sexual vai  investigar a buscar as origens do problema.

Já o psiquiatra da Unifesp afirma que a “espinha dorsal do tratamento” é a psicoterapia, já que busca compreender “o porquê de a pessoa agir daquela maneira”. Mas, dependendo do caso, associa-se o uso da medicação para baixar a libido.

— A terapia avalia a pessoa como um todo e como a vida dela se estruturou em relação ao sexo. Geralmente, a medicação só entra quando a pessoa tem, além desta disfuncionalidade, algum outro problema psiquiátrico, como a depressão ou transtorno de ansiedade [algo comum entre os dependentes de sexo]. Em casos mais graves, como pedófilos ou agressores sexuais, também utilizamos a medicação para tentar bloquear quimicamente alguns comportamentos.

 

fonte:http://noticias.r7.com/

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por adm às 10:10

Domingo, 07.09.14

Dia do sexo: por que mulheres não gostam muito “da coisa”?

Neste sábado, 6, é comemorado o Dia do Sexo. E a gente adora sexo. Não vive sem. Pensa nele durante muito tempo todo dia. E, sim, o título do texto foi uma pegadinha. Mulheres gostam de sexo tanto quanto homens, a diferença é que nem todas nós assumimos isso por medo de sermos taxadas de vadias

Mulheres são ensinadas, desde crianças, a sentar de perninhas fechadas e não colocar a mão na periquita. Temos que sempre sorrir e ser agradáveis. Sabe como isso impacta o sexo? A gente nem sempre sabe como falar para o parceiro ou a parceira que o caminho não é exatamente o escolhido. A gente sorri, não coloca a mão na periquita e vive aquele sexo sem graça. E tem coisa pior do que sexo sem graça? Não! Isso faz com que a gente vá desencanando de transar, de sentir prazer e, graças à culpa que nos acompanha em todos os momentos da vida, acreditamos que tem algo errado com a gente. 

Pode ter, é claro. Pode ser algo físico, mas na maior parte dos casos, não é. É só falta de se conhecer e de falar o que pensamos. Como é que a gente espera que outra pessoa vá descobrir sozinha, com a força do pensamento, o que gostaríamos de ter na cama? Não dá! Temos que tomar coragem, respirar fundo e dar dicas: “que tal se a gente tentasse de outra forma?”. 

A pressão por um orgasmo e por fazer parte das “mulheres livres”, resultado da liberdade sexual, acabam com a gente. E é bom lembrar que ser livre não é fazer sexo com todo mundo, mesmo sem vontade. Ser livre é fazer sexo quando se tem vontade, sem que ninguém a pressione e estar aberta para dizer não, para dizer o que se gosta e o que se deseja. Isso é liberdade sexual – o resto são pessoas nos manipulando para que a gente faça o que elas querem, do tipo “olha a sua amiga, ela transa com todo mundo que tem vontade e é super feliz. Por que você não transa também?”. 

Nesse dia Dia do Sexo, aceite um desafio: diga ao seu parceiro ou parceira o que gostaria de ter na cama. Saia da ideia de que sexo é só penetração e aproveite todas as áreas erógenas do corpo. Descubra o orgasmo clitoriano, que é o mais comum entre as mulheres, e permita-se sentir coisas que nunca sentiu. Desafio aceito? 
fonte:https://br.mulher.yahoo.com/

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por adm às 10:09

Domingo, 07.09.14

Ciência finalmente comprova que o ponto G não existe, mas a ditadura do orgasmo sim

“Nunca acreditei que a sexualidade feminina pudesse ser reduzida a um ponto”, diz Gerson Pereira Lopes, membro do Comitê de Sexologia da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig) e autor de mais de 15 livros. Ao longo das últimas décadas, no entanto, desde que a existência de um ponto G foi sugerida em 1950, pelo médico alemão Ernst Grafenberg, houve um desfile de “professores do sexo”, consultores de produtos eróticos e também médicos ensinando como alcançá-lo. De seu lado, a ciência se movimentou em torno da controvérsia.

 

Desacreditado nas comunidades científicas, mas ainda povoando piadinhas e frequentando o imaginário das quatro paredes do mundo ocidental, o ponto G já foi responsável por frustrações e até mesmo por algumas mentirinhas entre aqueles que se gabam de tê-lo encontrado. Em artigo publicado na última edição da revista científica Nature Reviews Urology, pesquisadores italianos descreveram uma área, bem mais complexa que um único ponto, que seria a responsável por aumentar e concentrar o prazer sexual feminino.

 

 

O grupo de médicos, liderado pelo professor de endocrinologia e sexologia Emmanuele Jannini A., reforça que a busca da estimulação com foco em apenas um ponto é prejudicial. A área descrita no artigo ganhou o nome de CUV – sigla que designa uma junção das palavras clitóris, uretra e vagina – e foi identificada por meio de exames de imagem e de marcadores químicos. “Embora não haja uma única estrutura, consistente com um ponto G, destacamos que a vagina não é um órgão passivo. É altamente dinâmica, com papel ativo na excitação sexual. Suas relações anatômicas e interações com o clitóris, o útero e a uretra definem uma área complexa, multifacetada e morfofuncional que, quando devidamente estimulada durante a penetração, poderia induzir respostas orgásticas”, afirma o artigo. 

Este não é o primeiro estudo a sugerir que o ponto G não passa de uma lenda, como o Saúde Plena já mostrou na matéria'Saiba a verdade sobre mitos do sexo que você nem deveria ter aprendido'. Em 2010, o Kings College London não encontrou qualquer evidência da folclórica região erógena. Um pouco depois, em 2012, urologistas do hospital universitário de Yale, em Connecticut, também haviam chegado à conclusão de que “medidas objetivas não conseguiram estabelecer evidências consistentes de um único ponto anatômico similar ao ponto G. Muitas mulheres sentem-se culpadas por não encontrarem esse ponto. Na verdade, a realidade é que ele, evolutivamente, nem mesmo deveria existir", dizem os pesquisadores. 

O professor Jannini afirmou, como conclusão de seu novo trabalho, que espera “encerrar discussões sobre o Ponto G” e “ajudar a evitar danos à àrea CUV em cirurgias”. 

Já existem até tratamentos voltado para a nova “área do prazer”. O médico norte-americano Sam Wood oferece injeções aplicadas no clitóris e na primeira porção vaginal, prometendo mais sensibilidade para mulheres que passaram por traumas pélvicos ou pela menopausa. A aplicação envolve a retirada do sangue da paciente, com a separação das plaquetas. Elas são reinjetadas e estimulariam o crescimento de novas células, vasos sanguíneos e colágeno, o que tornaria a região mais sensível. A ideia é semelhante à de um controverso procedimento de rejuvenescimento sanguíneo para o rosto, adotado por celebridades estadunidenses.

Guerra do sexo
“Nunca li qualquer atigo científico que tivesse sequer levantado a hipótese de que a sexualidade masculina se resumiria a um único ponto. Para mim, a sugestão da existência de um ponto G sempre foi uma forma de repressão subliminar à mulher”, provoca Gerson Pereira Lopes. 

O ginecologista, que já atendeu pessoas impressionadas com os gurus que vão à televisão explicar como encontrar o ponto mágico, explica: a região da parede anterior superior da vagina, que pressiona e se aproxima do clitóris, realmente é considerada mais sensível. “As mulheres relatam essa sensibilidade não é de hoje. Ela é percebida na masturbação e na própria relação sexual com o outro. Entretanto, não é aceitável que o prazer sexual e a sexualidade sejam reduzidos a um ponto, a uma área ou à genitalidade em si”, pondera, incisivo. “O ponto G só valeu a pena comercialmente”, completa o médico.

Lopes chama a atenção também para o fato de que, por mais que haja 'gatilhos' do prazer, as travas psicológicas, culturais e sociais também precisam ser superadas. “Todo o corpo é erotizado. Até mesmo os pelos que cobrem nossa pele. Antes, acreditava-se que só o couro cabeludo tinha essa propriedade, mas hoje já se sabe que vale a pena testar outras possibilidades. Portanto, se apenas uma área for alvo do toque e da carícia, pela busca obrigatória do orgasmo, mais difícil será alcançar o prazer”, ensina o sexólogo

O especialista considera que essa 'obrigação do orgasmo' traz, na verdade, uma ansiedade de performance. “Esse sentimento está cada vez mais comum entre as mulheres jovens, que já não se preocupam tanto com o ponto G. Mas elas se preocupam mais com seus 'deveres' do que com seus 'direitos' nas relações. Não existe 'eu posso ter orgasmo' e sim 'eu tenho que ter orgasmo'. É uma ditadura, fruto da imposição das necessidade masculinas na sociedade como um todo, que resume o prazer a um único momento e à performance mitificada, inclusive pela mídia”, alerta.

Gerson Lopes acrescenta que, se a satisfação sexual não pode ser reduzido a um único ponto, também não pode ser reduzido a alguns segundos. “O orgasmo dura, em média, de seis a dez segundos, ou seja, um décimo de minuto. Já o prazer é um conjunto do toques, sensações, falas. Hoje, vemos que as mulheres estão optando por mentir, assim como já fazia parte dos homens, e contam às amigas que sentem orgasmos sensacionais, múltiplos, especiais, pirotécnicos. Isso não passa de uma ignorância – falta de informação – associada à ditadura da performance”, frisa o ginecologista.

Brincar é importante
A velocidade dos meios de transporte, das carruagens aos jatos que ultrapassam a velocidade do som, são metáforas muito comuns para exemplificar como a noção de tempo mudou e como o ritmo frenético implantou-se na vida cotidiana. Faltam tempo e espaço para desacelerar – no lazer, na saúde, no prazer. "O turista fotografa exaustivamente os lugares visitados, para ver depois. Não há tempo para viver a experiência. Também no sexo, vale mais o resultado do que o processo. A travessia é desprezada. A cultura da rapidez e do imediatismo engoliu o brincar. Quando meu foco está no 'fim', deixo de enxergar o processo. E deveria ser o contrário: a travessia é o que importa; o resto é consequência”, destaca Gerson Lopes.

Para o especialista, sexo não é para ser medido e comparado como se fosse um produto igual a qualquer outro, com características padronizadas. Por isso, é preciso muito cuidado e reflexão antes de se recorrer a uma intervenção cirúrgica ou a medicamentos que prometem 'melhorar' a performance. “Um paciente que chega ao consultório depois de ter recorrido a várias medidas artificiais e ouviu promessas miraculosas que não deram certo demanda mais tempo para evoluir. A pessoa já chega desacreditada. Temos que, sempre que possível, 'baixar a bola' dessa ditadura do orgasmo, da estética, das relações perfeitas, do desempenho”, conclui o ginecologista.

O Dia Mundial do Sexo é celebrado desde 2008, em 6 de setembro. A data extraoficial foi criada por meio de uma campanha de uma marca de preservativos, aproveitando-se do trocadilho entre os número 6 (dia) e 9 (mês). 

Já o Dia Mundial da Saúde Sexual é comemorado nesta quinta-feira, 4/9, com o tema “O bem-estar da sexualidade”. A data foi estabelecida pela Associação Mundial de Saúde Sexual (WAS, sigla em inglês) em 2010, quando o tema foi “Vamos conversar sobre isso”. Em 2011, a campanha teve foco na sexualidade dos jovens; em 2012 foi a vez da diversidade sexual e em 2013 o tema foi “Para alcançar sua saúde sexual, enxergue você mesmo como dono dos seus direitos sexuais”. 

O tema de 2014 é baseado na definição da Organização Mundial de Saúde para saúde sexual: “um estado físico, emocional, mental e social de bem-estar; não é apenas a ausência de doenças ou disfunções. A saúde sexual inclui uma vivência positiva e respeitosa da sexualidade e das relações sexuais, assim como a possibilidade de ter experiência sexuais prazerosas, livres de coerção, discriminação e violência. Para que a saúde sexual seja obtida e mantida, os direitos sexuais de uma pessoa devem ser respeitados, protegidos e satisfeitos”.

 

 

fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/

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por adm às 10:06



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