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Um estudo recente publicado no Journal of Sex Medicine se concentrou na relação entre a orientação sexual e a frequência de orgasmos em mulheres e homens solteiros. Os pesquisadores coletaram as respostas de 6.151 homens e mulheres entre 21 e 65 anos por meio de um questionário online, em 2011. Depois, eles analisaram apenas as respostas de uma sub amostra menor, de 2.850 solteiros – incluindo 1.497 homens e 1.353 mulheres – que fizeram sexo nos últimos 12 meses.
Os participantes tinham de identificar gênero, orientação sexual e a porcentagem das vezes em que tiveram orgasmo com um parceiro familiar, numa escala de 0 a 100.
Apesar de as respostas dos homens não variarem muito de acordo com a orientação sexual – os homens heterossexuais relataram um índice de 85,5% de orgasmos, os gays, de 84,7% e os bisexuais, de 77,6% --, as das mulheres tinham variações notáveis. As heterossexuais relataram ter orgasmos 61,6% das vezes, e as bissexuais, 58%, enquanto as lésbicas tiveram o maior índice de orgasmos: 74,7%.
No texto do estudo, os pesquisadores postularam que a porcentagem mais alta entre as lésbicas pode ser atribuída a fatores como “mulheres autoidentificadas como lésbicas que estão mais à vontade e familiarizadas com o corpo feminino e que, portanto, na média, são mais capazes de levar as parceiras ao orgasmo”. Outras avaliações incluem: duração do ato, atitude em relação a gêneros, papéis desempenhados durante o ato e possíveis diferenças hormonais.
Justin Garcia, um dos autores do estudo, professor assistente de estudos de gênero e diretor do Instituto Kinsey, da Universidade de Indiana, explicou as implicações do estudo em um email ao Huffington Post.
“Pouco se sabe sobre a ocorrência de orgasmos entre mulheres e homens de variadas orientações sexuais ao longo da vida adulta”, disse ele. “Entender os fatores que influenciam a variação na ocorrência de orgasmos entre minorias sexuais pode ajudar a personalizar terapias comportamentais para aqueles de orientações sexuais diferentes.”
Tal estudo pode oferecer um insight melhor dos orgasmos de todos os casais, disse ele.
“Além disso, considerando que a falta de orgasmo é vista como um problema comum e indesejado, aprender mais sobre orgasmos em relações do mesmo sexo podem ajudar no tratamento de homens e mulheres tanto em relacionamentos do mesmo sexo como os de sexo misto. Consequentemente, essas conclusões podem melhorar a qualidade do atendimento de saúde sexual.”
fonte:http://www.brasilpost.com.br/